Foi a pergunta que me fiz, antes mesmo de terminar o meu período nas empresas onde estagiei. Na verdade, essa é uma preocupação de centenas de milhares de jovens.
As primeiras experiências e o contato com a profissão escolhida, ocorre, normalmente, a partir do 4º período do curso de graduação. Antes disso, conheço pouquíssimos relatos sobre a inserção correta do estagiário na área de formação pretendiada. Em muitos casos, a inserção antes da metade do curso ocorre, porque o estudante já estava inserido antes mesmo de começar.
Existem também aquelas empresas, que aidna possuem visão retorcida quanto à presença do estgiário. Muitas contratam para ter mão de obra barata. Quem nunca ouviu dizer que, estagiário que não sabe tirar cópia de maneira perfeita e rápida, não é estagiário?
Já que começamos a falar sobre o desvio de função, uma realidade na vida dos estagiários brasileiros, entraremos à fundo neste assunto. São estagiários com mais responsabilidades do que deveriam; estagiários ociosos; estagiários operando máquinas de reprografia; estagiários secretariando chefes; fora alguns casos de assédio moral e desilusão com a promessa de efetivação, que nunca vem.
Não importa se a empresa possui 200, 2.000 ou 20.000 colaboradores, a responsabilidade quanto ao desenvolvimento e capacitação do estagiários, sempre será do mesmo setor que elabora as memas atividades para os demais colaborades. Isso quando não é criada uma divisão para estes assuntos.
É necessário que as empresas façam o controle do plano de atividades (documento com o check list das atividades a serem desenvolvidas, em um determinado perído de tempo, com a aprovação da instituição de ensino), além das avaliações de desempenho. O ideal seria uma avaliação 360 graus, onde entrariam os supervisores, os colegas e o próprio avaliado. Além de controlar e avaliar, a gestão de pessoas deve estar preparada para ajudar àquele jovem profissional durante a sua peranência na empresa, e até mesmo após sua saída, visando a recolocação no mercado de trabalho.
Depois de algumas mudanças (necessárias) na legislação, as empresas passaram a dar cada vez menos para seus estagiários. O bom é que, grande parte mudou para melhor, incluindo esses jovens nas políticas da empresa.
A empresa ideal
É uma questão que boa parte dos estagiários sabe responder de pronto: primeiramente, a empresa ideal para se trabalhar, deveria ser àquela onde o sonho começa pela oportunidade de estágio.
As empresas mais bem vistas pelos jovens são àquelas que investem no talento e abrem as portas para esse público. Empresas de grande porte; multinacionais; ou empresas menores, onde as chances de carreira agregam experiência e solidez nas funções desenvolvidas. Os jovens procuram bons salários, que podem trocados por uma política de benefícios cada vez mais atraente. Mais do que um bom salário refletindo a produtividades, hoje sabemos que o reconhecimento por méritos é uma forma também bastante esficaz.
Difícil é encontar um jovem que, ao terminar o ensino médio, sabe exatamente a carreira que quer seguir, a faculdade que deseja cursar e a empresa que gostaria de trabalhar. Na verdade, todas essas questões dependem de interferências externas. Uma pessoa pode muito bem mudar de opinião rapidamente.
O que indago hoje é: "e depois do meu estágio?"
Acredito que levarei experiências boas e ruins, exemplos de pessoas que serão jamais esquecidas, vontade de trabalhar e crescer, além do desejo de entrar em uma corporação, onde o meu lugar seja conquistado a cada dia, através de novos desafios.
Daniela Thomaz da Silva
estudante do 6ºde Administração da Universidade Estácio de Sá, Rio de Janeiro.
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